Meu coração carnaval.
Um coração de coragem, capaz de atravessar barreiras mentais sem medo de viver verdadeiramente o que sente. Que jamais foi covarde, que não deu de ombros, não se isentou das consequências do sentir. Até porque quem não se arrisca, nunca vai saber como partilhar a vida boa junto a outra pessoa. Uma eterna prisão sem grandes, aonde o algoz é a sua própria mente te negando a alegria imensa que é conhecer o repertório de felicidade que só um coração intenso traz.
Um coração carnaval, que toca perfeitamente a marchinha certa de poesia que eu sou. "I-n-e-f-á-v-e-l". Que traduz em palavras, em ações, em reações, como é belo se apaixonar por alguém assim. Dona de mim e de tudo que sou, dona de uma energia única e de um tesouro no peito. Não é pra qualquer um e muito menos para o julgamento de algum. Se sou tudo isso mesmo, o que me resta é ser.
Meu coração é avenida, é barra - ondina, onde nenhum ponto inerte anula o viravoltear das situações. Mostra que um erro pode ser um dos meus maiores acertos, basta eu lembrar de não apagar a minha luz em nenhuma ocasião, porque não se faz necessário. Eu posso ser sol em qualquer escuridão, a diferença é não me contaminar com isso, pois nem todos os encontros da vida são bons ou produtivos. E as vezes (muitas vezes) você só precisará de alguém que entenda a sua escuridão, porque sua iluminação não significa perfeição. Todos nós temos luz e trevas, Dumbledore não mentiu (e não, esse texto não é sobre Harry Potter).
Um coração com aquela ingenuidade bonita, que pede pra fantasia ser eterna também, só para contemplar a felicidade nos rostos e tudo o que é belo no mundo, como a bondade, a união, o amor. Pois nada é eterno enquanto não fizermos durar. A eternidade em um coração parte de um rio de escolhas, de uma ancoragem de responsabilidades, de um cais seguro de se chegar dentro do peito.
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