"As vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais."





Não vou negar, tenho pensado em desistir. Em encerrar de uma vez essa agonia em meu peito, de um amor que nunca sei se me faz bem ou mal, se é verdade ou só ilusões. Se vai me dá futuro ou somente incertezas. Meu coração anda ancorado em um cais de onde ele não pensa em sair. O cais da segurança. Qualquer movimentação para alto mar é muito arriscado, pode valer o amor guardado de toda uma era, um amor puro, preparado para ser doado a outro coração que queira recebê-lo independentemente se ele esteja pronto ou não, mas que valoriza mais a construção, o esforço, do quê o preparo.

Queria muito amá-lo, queria mesmo. Construir algo duradouro e verdadeiro ao longo de uma bela convivência. Mas, amar alguém sozinho(a), não é merecedor a ninguém, somente nos suga tudo de bom que poderíamos está apresentando a outra pessoa. Frequentemente me sinto como um outdoor piscando em luzes neon tudo o que sinto, e você, uma daquelas pessoas que não param pra observar nada, mesmo que a luz brilhe bem na frente dos seus, diga-se de passagem, lindos olhos.

Daí uma maré de pensamentos sobre fins invadem a minha mente, me forçando a pensar um trilhão de vezes se não seria melhor encerrar de vez o tanto que eu te quero. Isso me faz acreditar um pouco que eu devo ter nascido para amar demasiado aos outros, e, por consequência, não ser notada. Ingratidões do mundo que nos circulam dia após dia, me mostra que o ingrato é um cego com capacidade de enxergar só aquilo que lhe convém. Poderia dizer que esses o tem visão "funcional" na vida. Uma tristeza, tamanho desperdício em nunca lhes perceber a pureza da simplicidade que nos norteia nesse mundo.

Desistir de um amor, meu caro leitor, NÃO é um ato de covardia. Dependendo da história, só um coração com muita coragem pode dar um fim a algo que lhe era tudo na vida. Um amor daqueles que a gente encontra e pensa: eu quero pra vida inteira. A coragem na desistência é que nos move a acreditar que, quando fechamos portas, estamos abrindo novas possibilidades para nós mesmos. Isso se chama esperança.


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